terça-feira, 15 de março de 2011

I love eat

O que é o almoço? O que é o almoço? O que é o almoço?
Chega essa hora e a única coisa que me vem à cabeça é: arroz de marisco, picanha com salada de alface, sandes de atum, massa com bifes de peru e molho bechamel, McChicken (McPollo como dizem os espanhóis, com a sua mania de traduzir tudo), arroz de cabidela, pieroguis, frango no forno com batatas assadas, lasanha d'atum (como só a mãe da Rita sabe fazer), arroz de frango, cherne suculento, bifes de avestruz , de vaca (ou de boi), de porco (em casa da Isaura, único sítio onde esta carne me sabe bem)...
Adoro comida. É um facto (ou fato, segundo o novo acordo ortográfico, se quiserem), mas a minha vontade desvanece quando me lembro que o meu local de almoço é a cantina da escola.
Para que é que inventaram cantinas?
Digo melhor, porque põe pessoas que não sabem cozinhar na cantina?
Lá na cantina da escola como arroz seco com arroz seco e de sobremesa laranja queimada pela geada. Delicious!
 Bom, não é correcto que me queixe. Tenho comida, boa ou má, a verdade é que tenho, e quanta gente não tem?
Eu falo da fome, mas sem ter percepção do que isso é. Nunca tive. Não tenho noção da dimensão. Não sei o que isso é, não quero saber e não falemos disso.
 Se não tivesse medo de ficar obesa, celulítica e flácida não fazia mais nada se não comer e aqui sempre que falo em comer, para esclarecer as mentes duvidosas, falo em comer comida. Comida tipo sopa de coentros, sandes com caviar, salmão fumado...

domingo, 13 de março de 2011

Uma mescla de "tudos"

"- A idade em que tudo começa! Anda desafio-te falares-me sobre isso!"        
Confesso que fiquei a pensar no assunto, porque sei que o que tu querias era que eu falasse da tua idade, querias que eu mostrasse a minha posição perante assuntos como tabaco, álcool, curtes, sexo... Mas não será isso demasiado banal?
Estou a pensar. Quero dar a volta à situação de forma inteligente. Eu disse: - Vou surpreender-te!
Se o disse agora tenho de cumprir. 
Estás convencido que é agora, agora que tudo começa, pois bem eu garanto-te que o não é. Acho que todos nós somos persuadidos por essa ideia: é agora que tudo se passa e se não o fizermos já, nunca mais o iremos fazer. Somos engolidos a toda a hora pelo arrependimento do que não fazemos (do que fazemos às vezes também). Malditas hormonas, porque é que estas soberanas não se encostam a um canto em vez de percorrerem as nossas vísceras a 450 Km/hora? 
Seria bem mais fácil se elas se arredassem para um canto e ali permanecessem sossegadas. 
Deixando divagações para outra altura, querias que eu começasse por falar que nós envoltos por a tão conhecida "maravilhosa estupidez", "fase da parvoíce", somos tentados a experimentar de "tudo", e referes essas pequenas experiências como um "tudo". Será? Admito que não é desinteressante a adolescência! Acontece-nos de "tudo". Mas para nos acontecer "tudo" já tiverem de acontecer outros "tudos" anteriormente. 
Pensemos juntos... há uns quantos anos atrás começámos a andar, a falar, a comer (no sentido integral da palavra) e não terá isso uma cota de importância superior a isto que nós agora consideramos como um início. Não terá sido nessa altura que "tudo" começou? Ou até mesmo antes antes disso... 
Será que daqui a uns anos não iremos achar que é então que "tudo" começa? Será que o nosso fim não é apenas um começo de "tudo"?

Cumprido?
Não há idades para nada: há pessoas para tudo. Desse modo tudo começa.

sábado, 12 de março de 2011

Venham daí



Vou escrever só para que vocês o vejam. Estou uma lástima sim minhas senhoras. Se vocês ajudaram? Ajudaram. Se são a causa? Que interessa isso? Estou a ser egoísta? ESTOU. E depois? Também me estou a sentir uma grande merda. E digo-vos com todas as letras que c-o-n-t-r-i-b-u-i-r-a-m para isso. Oh Lord, pareço uma daquelas atrofiadas a falar. Já repararam naquilo que me fazem dizer publicamente? A culpa é vossa, é vossa pois. Vá não é vossa nada. É minha, na verdade é minha.
Que estou eu para aqui eu a dizer? Porque não consigo parar de disparatar? Porque é que só consigo estar mal quando na realidade poderia ser a pessoa mais feliz do mundo?
Não tenho qualquer tipo de doença. Tenho uma vida estável e poucas, mas grandes pessoas que me rodeiam. O problema está em eu não admitir falhas a ninguém por eu estar repleta delas, dentro do meu saco ponho as minhas e as dos outros, e sofro por aqueles que me fazem sofrer. Não gosto de culpar ninguém disso e depois ainda me sinto pior ao fazê-lo. Para que estou a pensar de mais?
As minhas amigas saíram sem mim, pronto saíram, que posso eu fazer? Adianta estar a chorar-me? Não adianta. Mas que fiquei destroçada fiquei. E agora? Estou dentro do meu direito não estou?
Para que é que estou a publicar isto? Tem algum interesse ler uma "mensagem" sobre as minhas problemáticas? Não tem. Só que agora também não vou voltar atrás, não me vou acobardar e deixar de vos tratar mal, porque a realidade é que na minha cabeça suou um tropel de palavras como, falsas, porcalhonas, amigas da onça. Ai pá como vos odiei naquele momento. E odiei-me mais de seguida por o ter feito. Sou tão estúpida. Magoaram-me sim. Magoaram! Basta, não consigo parar de falar disto. Ponto final na conversa. Ai que patética... e depois ainda me sinto pior porque chateio os outros com estas minhas palermices.  Sou uma mente tão complexa.
Bom deixando-me de merdas, não vos vou pedir desculpa, porque aqui tanto eu errei perante vós como vocês perante mim, mas admito que vos adoro mesmo assim, suas cabras infectadas e o resto fuck off.

Ah e resta-me dizer-vos que eu queria mesmo ir para à mínima oportunidade vos deixar e soltar um piscar de olho num canto qualquer àquele palonço que em vez de tentar alegrar, me telefona aos berros a dizer:
- Esta gaja tá ganzada só pode!

Hello my lover


"Odeio os fins-de-semana!"
Também os odeio, não só pelo mesmo motivo que tu, mas porque tenho de estudar e há pior que isso?
Adoro as sextas-feiras... resta saber porquê!
Hoje estou estupidamente lamechas e confesso-te que não gosto. Afinal há que manter a postura não é assim? Se és dura, és dura até ao fim. Até porque tu e os tantos outros que partilham do mesmo atributo que os faz julgar serem muito viris precisam de alguém que vos oriente com pulso firme, que vos prove quem é do sexo forte, que vos dê umas chicotadas de vez enquanto e que vos ensine a ter em conta que o vosso trabalho só presta se tiver de acordo com a temperatura, pressão, fluidos circulantes ideais... e isso sim é difícil e para isso poucos estão aptos.
Aquelas que deixam que sejam vocês a orientar, nunca vos deixaram felizes, mas não é de vocês que eu venho falar. Não!
Hoje é sábado e vou falar de sexta. Na sexta tenho Filosofia de manha, o que é óptimo porque dá para continuar o meu sono, de seguida tenho Português, logo depois Educação Física...almoço e por fim Biologia. Na verdade detesto as sextas-feiras como outro dia qualquer da semana no período em que tenho aulas, mas o fim de tarde de sexta vem sempre redimir as minhas miseras má-disposições. Tenho uma hora livre e é então que ando cerca de cento e setenta passos até a um local que se tornou bastante interessante, inicialmente porque era prático depois por rotina. Quando finalmente atinjo o meu ponto de chegada tiro-te as medidas, olho-te nesses olhos castanhos, calculo a energia do teu estado fundamental, atiro a minha mala para um canto, puxo-te o cabelo:
- Hello my lover!

É por estas sextas-feiras que os fins-de-semana não te suscitam interesse, nem a ti... nem a mim.
É por estas sextas-feiras que aqueles miseráveis dias de estudo passam num ápice.
É por mim.
É por ti.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ritual de iniciação

Ora muito bem... porque é que desta vez comecei pelo título e não pelo conteúdo em si? : eis a questão.
O título é algo que só escrevo no fim daquilo que anteriormente escrevi e por esse motivo é que os títulos deveriam vir no fim dos textos e não no inicio... ou então não existiam.
É simples, ou no fim, ou não existem... isto é um bom pensamento... Estou admirada com as minhas capacidades intelectuais... há tanta coisa que devia aparecer no fim ou até mesmo nem existir, como por exemplo as santas impuras da minha turma, aquelas que os professores tanto gostam. Essas deviam estar no fim da sala e aquelas mesmo mesmo mesmo santas nem deviam ter nascido. Não é? Para que queremos nós pessoas assim?
Para começar um marido nunca irá querer uma santa mais rodada pelos amigos do que por ele próprio, acho eu. Isto porque elas são assim... A sério que são assim. Eu já vi!
Depois porque não sabem tratar dos filhos e incutem-lhe uma ideia de santidade como a delas e depois eles tornar-se-ão jovens feios e desinteressantes como outrora elas foram. Tornar-se-ão? Será tornar-se-ão? Não sei... Pouco interessa.
Por fim, deviam ser aniquiladas porque me fazem falar delas! E porque estou eu a falar delas se não as suporto? Estou a atribuir-lhe importância e detesto fazê-lo.
...
Na minha vida nunca tive um blogue... na verdade já tive, com uma mensage... fi-lo provavelmente sem condições para tal... eu e outra individua. Já tive muita coisa: um vestido, um namorado, uns sapatos, umas calças, um pijama com corações, uma maço de tabaco na mala, uma nota de cem do bolso traseiro das calças, uii já tive tanta coisa, mas um blogue a sério nunca (daqueles com fotos giras e frases lamechas e vidas desmoronadas e sonos atrofiados e aventuras mal sucedidas e contraceptivos falhados). NUNCA TIVE. Nunca me deu para isso e o facebook dá menos trabalho na verdade.
No entanto decidi proceder à construção deste magnifico espaço, através deste lindo ritual de iniciação (e isto só para complementar o título com o texto) e acabar de uma forma muito interessante isto que acabo de escrever, e como podem comprovar, para que não tenhamos de fazer figuras tristes, como a que acabo de fazer, os títulos deviam vir no fim. É melhor, juro que é melhor!